O que é Cápsula Endoscópica?
A cápsula endoscópica é um método videoendoscópico que permite o exame do revestimento interno (mucosa) da porção média do trato gastrointestinal, que inclui as três partes do intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).
A principal indicação é o sangramento intestinal, cuja causa não tenha sido detectada pelos exames endoscópicos convencionais como endoscopia e colonoscopia. Outra indicação é a anemia de origem desconhecida, tumores do intestino delgado, doença inflamatória intestinal e pólipos intestinais.
Como é realizado o exame?
A videoendoscopia via Cápsula Endoscópica é um procedimento não invasivo, simples e indolor. O médico entrega ao paciente uma cápsula com cerca de 2,5 cm, dentro da qual existe uma micro-câmera que, ao percorrer o caminho do alimento pelo aparelho digestivo, irá registrar imagens. Estas imagens serão enviadas e ficarão armazenadas em um pequeno aparelho gravador que o paciente levará em um colete junto ao seu corpo.
Preparo:
Agendamento de consulta com o médico que irá realizar o exame antes da realização do procedimento, para informar tudo o que se fizer necessário.
Jejum de aproximadamente 12 horas antes de ingerir a cápsula para que se criem melhores condições de visualização. O médico irá informar o momento de se iniciar o jejum. A partir de então, o médico decidirá se será necessário o uso de laxativos antes do procedimento do exame.
Procedimentos:
A equipe médica coloca o colete receptor no paciente.
A cápsula é ingerida com um pouco de água e passa a percorrer naturalmente o tubo digestivo, transmitindo imagens para o colete captador.
Geralmente, o paciente poderá se alimentar normalmente 4 horas após a ingestão da cápsula.
O exame termina aproximadamente 8 horas após a ingestão da cápsula.
O paciente deverá evitar neste período atividades físicas vigorosas como correr ou pular. Também após a ingestão da cápsula e até ela ser eliminada, deverá se manter afastado de qualquer aparelho de ressonância nuclear magnética.
Ao final do exame o colete é retirado.
Após o exame:
Retirado o colete, o paciente é liberado.
As imagens gravadas são descarregadas em uma estação de trabalho para que o médico as examine.
O que é colonoscopia?
Colonoscopia é um exame que permite a visualização direta do interior do reto, cólon e parte do íleo terminal através de um tubo flexível introduzido pelo ânus, contendo em sua extremidade uma minicâmera de TV que transmite imagens coloridas, podendo ser fotografadas ou gravadas em vídeo.
Em que consiste o exame?
O paciente é posicionado em uma maca, deitado sobre o seu lado esquerdo. Depois da sedação, procedida por um anestesista, o interior do cólon é acessado através do tubo flexível introduzido pelo ânus. Para isso, o cólon deve estar limpo de fezes e resíduos alimentares, o que exige um preparo prévio que consiste em uma dieta líquida nas 24 horas que antecedem o exame, bem como no uso de laxativos, conforme orientação médica. Em raros casos, esse preparo envolve uma lavagem intestinal. O aparelho é introduzido lenta, suavemente e de maneira progressiva no interior do cólon, permitindo o exame cuidadoso da mucosa. Durante o procedimento, pequenas quantidades de ar são injetadas dentro do intestino para melhorar a visualização, o que pode causar cólicas após o procedimento.
Alguns medicamentos que o paciente esteja tomando podem ser continuados normalmente, enquanto outros devem ser suspensos 48 a 72 horas antes do início do exame. Quaisquer condições especiais de saúde devem ser informadas ao médico.
O exame é realizado em regime ambulatorial, sem necessidade de internação, durando de 20 a 30 minutos. Além de seu potencial diagnóstico direto, a colonoscopia também permite realizar biópsias da mucosa, corrigir pequenos sangramentos e retirar eventuais pólipos intestinais. O exame é inócuo e não ocasiona dor.
O paciente deve ir ao exame acompanhado, pois os sedativos que tomará podem deixá-lo sonolento mesmo após o exame. Ele não deve dirigir ou voltar a trabalhar logo após o exame.
Por que a colonoscopia é solicitada?
A colonoscopia devia se constituir num exame preventivo a ser realizado periodicamente (1 vez a cada ano) por todas as pessoas acima dos 50 anos, idade em que estão mais sujeitas ao câncer e aos pólipos intestinais. Ela permite a avaliação da mucosa do intestino grosso (onde em geral o câncer intestinal começa) e do calibre da luz dessa porção intestinal. Permite também a coleta de material para biópsia, a realização de retirada de pólipos, a descompressão de volvo intestinal e a hemostasia de sangramentos. Pode ainda ser realizada para diagnóstico e acompanhamento de tumores, para o diagnóstico de doença inflamatória e esclarecimento de outras patologias intestinais.
Em geral, o exame é indicado em casos de:
Dor abdominal de origem desconhecida;
Sangramentos retais não precisados;
Diarreia ou constipação crônica não esclarecida;
Suspeita de neoplasias, de diverticulose ou de hemorragia digestiva baixa;
Rastreamento de cânceres, de pólipos e de doenças inflamatórias intestinais;
Além de outras condições menos comuns, a juízo médico.
Quais são os riscos e as contraindicações desse exame?
Quase todo procedimento médico envolve riscos. A colonoscopia realizada por um profissional experiente torna rara a possibilidade de riscos. A combinação da experiência do profissional com a modernização dos equipamentos faz da colonoscopia um procedimento simples e seguro. As raras complicações se referem à possibilidade de sangramentos ou perfurações intestinais devido mais às condições das paredes intestinais do paciente do que ao exame em si.
As contraindicações absolutas da colonoscopia são:
Suspeita de abdome agudo
Suspeita de diverticulite aguda
Suspeita de megacólon tóxico
As contraindicações relativas mais importantes são:
Infarto recente do miocárdio
Embolia pulmonar recente
Neutropenia significativa
Terceiro trimestre da gravidez
Aneurisma da aorta
Esplenomegalia
O exame deve ser adiado para uma ocasião mais propícia em pacientes que estejam sofrendo algum tipo de coagulopatia ou que estejam tomando anticoagulantes.
O que é endoscopia digestiva alta?
Em que consiste o exame?
Como se realiza o exame?
O preparo para o exame é muito simples: consiste em um jejum de 10 a 12 horas para que a parte alta do tubo digestivo esteja completamente esvaziada, permitindo uma melhor visualização e minimizando o risco de aspiração do suco gástrico para o pulmão.
No momento do exame é administrado ao paciente algumas gotas de medicamento contra gazes e ele deve deitar-se de lado (usualmente do lado esquerdo) em uma maca. Normalmente a garganta do paciente é borrifada com um spray anestésico, para evitar o reflexo de vômito e é aplicado um sedativo de curta duração, quase sempre por via venosa.
O tubo flexível é introduzido pela boca e direcionado através do vídeo para o esôfago, estômago e duodeno, respectivamente, permitindo a visualização do interior dos mesmos. Normalmente uma certa quantidade de ar é introduzida através do tubo, de modo a facilitar a visualização. Se necessário, através do mesmo tubo podem ser realizadas pequenas intervenções diagnósticas e/ou terapêuticas, como coleta de material para biópsia, remoção de pólipos, hemostasias, correção de varizes, etc.
O exame é simples e muito rápido (5 a 10 minutos) e se o paciente adormece sob ação do sedativo, muitas vezes nem chega a perceber a realização do mesmo. Ao despertar, o paciente ainda se encontra algo sonolento, levando cerca de 30 a 60 minutos para a total recuperação. Geralmente sofre amnésia até os minutos seguintes ao exame, incluindo o próprio exame.
O paciente deve ir ao exame acompanhado de um adulto, em virtude dos possíveis efeitos da sedação.
Após cada endoscopia realizada o aparelho de endoscopia passa por um rigoroso processo de desinfecção e esterilização, a fim de evitar contaminações.
Por que o médico pede o exame?
O exame permite o diagnóstico direto de algumas patologias do trato digestivo alto (esofagites, gastrites, duodenites, pólipos, úlceras, tumores, hérnia de hiato) e ajuda na complementação diagnóstica de várias outras patologias que podem repercutir nesses órgãos, bem como permite intervenções diagnósticas e terapêuticas.
Quais são os efeitos secundários do exame?
Normalmente o exame é bem tolerado pelos pacientes e em geral não há nenhum tipo de sintoma. Após o procedimento pode ocorrer uma rouquidão em virtude da anestesia da garganta ou um ligeiro dolorimento dela, em consequência do atrito com o tubo do endoscópio. Ambas as coisas, contudo, passam rapidamente e não requerem providência médica. Aconselha-se que no dia do exame o paciente não dirija nem maneje máquinas perigosas, uma vez que, embora lúcido, seus reflexos podem ainda estar alterados.
Quais são as complicações possíveis do exame?
As complicações do exame são muito raras e, quando existem, são leves e passageiras. Pode haver reações ao sedativo (euforia, confusão mental etc) ou equimose e inchaço no local da injeção e ligeiro incômodo devido aos gases injetados. Pessoas muito sensíveis podem apresentar tremores, náuseas e vômitos, os quais quase sempre cessam rapidamente. O risco de complicações aumenta (mas continua muito baixo) quando é necessário realizar algum procedimento, como biópsia, remoção de pólipo, dilatação ou remoção de corpo estranho.As complicações mais graves, embora raras, são sangramento e perfurações das vísceras, algumas das quais podem exigir hospitalização e cirurgia.
Retossigmoidoscopia Flexível:
A retossigmoidoscopia flexível permite ao médico examinar por vídeo-endoscopia a mucosa do reto e de uma porção do cólon (intestino grosso).
Indicações:
- Dor ou distensão abdominal;
- Diarréias crônicas;
- Obstipação crônica;
- Alteração repentina dos hábitos intestinais, tais como afilamentos das fezes, fezes mal-formadas;
- Mucorréia (saída de muco nas fezes);
- Sangramentos anais, inclusive em portadores de doença hemorroidária (hemorróidas), para exclusão de outras patologias que podem cursar com perdas de sangue;
- Pesquisa de anemias;
- Pesquisa de sangue oculto nas fezes;
- Prevenção do câncer do reto e cólon esquerdo;
- Antecedentes familiares de câncer colo-retal, polipose gastro-intestinal ou câncer de mama;
- Alguns tipos de tratamento tais como retiradas de pólipos, cauterização de lesões vasculares, colites actínicas (por radioterapia), dilatações de estreitamentos, retiradas de corpos estranhos, etc;
- Controle evolutivo de algumas patologias como retocolites;
- Estadiamento em casos de câncer colo-retal;
- Seguimento pós operatório em casos de colectomias à esquerda.
Como o exame é realizado:
Na recepção o paciente receberá uma ficha de avaliação pré-endoscópica que deverá ser preenchida e assinada antes do exame.
Um equipamento flexível é introduzido através do canal anal e avalia toda a mucosa do reto e do cólon sigmóide, podendo chegar até a porção final do cólon descendente (cerca de 40 a 50 cm de intestino grosso).
O exame é realizado sob anestesia local, sendo normalmente indolor.
Em que consiste a manometria anorretal?
O exame de manometria anorretal consiste em avaliar e quantificar as pressões dos esfíncteres anais (músculos responsáveis pela continência). Esse diagnóstico é de extrema importância para pacientes com incontinência fecal, dor anal, fissura anal, fístula anal/perianal, constipação, suspeitas de megacólon idiopático ou chagásico, e de grande importância para elucidação diagnóstica e planejamento cirúrgico, garantindo um procedimento com maior segurança e exatidão, pois previne a incontinência anal e indica qual a melhor conduta a ser tomada para a escolha do procedimento cirúrgico.
O exame é realizado a partir de uma sonda que é introduzida via retal com a aplicação de um anestésico local. Essa sonda é conectada a um equipamento que tem a função de perfundir água destilada pelos canais da sonda e através dessa perfusão é que temos os gráficos gerados das pressões exercidas pelos esfíncteres anais.
A duração é de aproximadamente 20 minutos, contando desde a introdução da sonda no paciente até a realização do exame.
O procedimento é indolor, rápido e não requer sedativo.
O que é a manometria esofágica?
A duração é de aproximadamente 10 minutos a partir do momento que introduzimos a sonda no paciente. O processo inteiro tem a duração de 20 minutos aproximadamente.
O paciente geralmente apresenta leve náusea durante a introdução da sonda, porém esse procedimento conta com diversas intervenções de enfermagem para proporcionar menor desconforto possível, amenizando os sintomas e garantindo a melhor acurácia do exame e a satisfação do paciente.
Como é feito o exame?
- A manometria esofágica é realizada com o paciente acordado, pois é necessário sua colaboração ativa.
- A passagem da sonda é feita com o paciente sentado, sem necessidade de remoção de próteses dentárias.
- Aplica-se gel anestésico na narina que estiver desobstruída e na orofaringe e pede-se para que o paciente inspire o gel, com o objetivo de anestesiar o trajeto a ser percorrido pela sonda.
- A sonda é introduzida lentamente na narina que foi anestesiada e quando sentimos que está na faringe posterior pedimos que o paciente flexione o pescoço para frente, para facilitar a entrada da sonda no esôfago.
- Após a introdução da sonda, o paciente fala e respira normalmente.
- O paciente é colocado em decúbito dorsal horizontal (deitado).
- O exame tem duração de 10 a 15 minutos.
- Após a realização do exame o paciente pode voltar às suas atividades normalmente.
Dúvidas Frequentes
Estou gripada, mesmo assim posso realizar o exame?
R: Sim, a coriza não impede a realização do exame.
O exame dói?
R: Não, o exame não tem a característica de ser dolorido.
Estou com dor de garganta, posso realizar o exame?
R: Sim, a sonda não irá lesionar ou piorar a inflamação da garganta, o que pode acontecer é a mesma ficar, durante alguns minutos, mais irritada devido a permanência na garganta.
Não consegui manter o jejum e me alimentei há algumas horas, vou poder realizar o exame?
R: Não, o exame terá que ser remarcado e deve-se manter o jejum durante o período estabelecido.
Phmetria Esofágica
Indicações
- Dor torácica de origem não cardíaca;
- Tosse crônica;
- Sintomas de refluxo gastro-esofágico;
- Regurgitação alimentar;
- Disfagia ou odinofagia (dificuldade ou dor para engolir, respectivamente);
- Vômitos ou náuseas de repetição;
- Em portadores de doença do refluxo gastro-esofágico com dificuldades na resposta terapêutica clínica;
- Pré-operatório de cirurgias para correção de hérnia de hiato (hiatoplastias);
- Controle evolutivo após cirurgias sobre o cárdia, etc.
Como o exame é realizado:
Após algumas horas de jejum, o paciente se apresenta à clínica, de preferência acompanhado por um adulto. Na recepção ele receberá uma ficha de avaliação pré-exame que deverá ser preenchida e assinada.
A PHmetria não pode ser realizada sob sedação, pois os medicamentos sedativos alteram a motilidade do esôfago.
Após anestesia local com gel e spray de lidocaína na narina e garganta, uma sonda flexível é introduzida pela narina do paciente sentado e progride suavemente até atingir a faringe. Neste momento o médico pedirá para o paciente engolir e deste modo a sonda penetrará pelo esôfago até atingir o estômago (cerca de 50 a 60 cm de sonda são introduzidos pela narina). O paciente com a sonda posicionada é deitado em decúbito dorsal (barriga para cima). Nesta etapa é identificado o cárdia do paciente. A sonda é removida e outra sonda, mais fina é passada pela narina, sendo posicionada 5,0 cm acima do cárdia. Esta sonda possui sensores de PH que detectam acidez no esôfago em uma posição (PHmetria de canal único), ou duas posições (PHmetria de duplo canal). A sonda é fixada à narina e ligada a um gravador (Holter), que é colocado em um bolsa que pode ser carregada no pescoço ou presa à cintura. O tempo aproximado de exame é de 15 minutos, porém o paciente deixará a clínica com a sonda afixada à narina, devendo retornar no dia seguinte para retirada do Holter. Além disso, o paciente deverá preencher um diário em sua residência, marcando horários das alimentações, sintomas e se estava deitado ou em pé.
O repouso:
Após a PHmetria geralmente não é exigido repouso, salvo em casos isolados. Ao chegar a sua residência o paciente estará apto a exercer suas atividades normalmente. É muito importante o correto preenchimento do diário, pois dele depende o sucesso do exame. Também é essencial dormir com a cama na horizontal e no máximo um travesseiro na noite do exame
Após o exame o paciente pode sentir ligeiro incômodo na narina e garganta, devido à passagem da sonda, bem como saída de pequenos coágulos pela narina, dependendo da conformação da cavidade nasal do examinado.